segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pestalozzi, o teórico que incorporou o afeto à sala de aula


Pestalozzi, o teórico que incorporou o afeto à sala de aula
Para o educador suíço, os sentimentos tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na criança

Márcio Ferrari (novaescola@atleitor.com.br)
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Pestalozzi. Foto: Corbis/StockPhotos
Pestalozzi


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* A evolução do pensamento pedagógico

Para a mentalidade contemporânea, amor talvez não seja a primeira palavra que venha à cabeça quando se fala em ciência, método ou teoria. Mas o afeto teve papel central na obra de pensadores que lançaram os fundamentos da pedagogia moderna. Nenhum deles deu mais importância ao amor, em particular ao amor materno, do que o suíço Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827).

Antecipando concepções do movimento da Escola Nova, que só surgiria na virada do século 19 para o 20, Pestalozzi afirmava que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas. "Segundo ele, o amor deflagra o processo de auto-educação", diz a escritora Dora Incontri, uma das poucas estudiosas de Pestalozzi no Brasil.

A escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar como inspirar-se no ambiente familiar, para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto. Ao contrário de muitos de seus contemporâneos, o pensador suíço não concordava totalmente com o elogio da razão humana. Para ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral – isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade. "Pestalozzi chega ao ponto de afirmar que a religiosidade humana nasce da relação afetiva da criança com a mãe, por meio da sensação de providência", diz Dora Incontri.


Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/teorico-incorporou-afeto-sala-aula-423096.shtml

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